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Político do interior de SP é acusado de furtar equipamento de equipe da Record

O presidente da Câmara dos Vereadores da cidade de Cedral, no interior de São Paulo, José Adriano Oliani, foi acusado, na última quinta-feira (8), de ameaçar, furtar e danificar uma fita de vídeo pertencente à afiliada da TV Record em Rio Preto, também no interior do Estado.
A confusão teve início na manhã de ontem, na propriedade rural da família de Oliani, durante fiscalização de rotina do Ministério do Trabalho. Como a propriedade apresentava irregularidades - como depois foi comprovado -, o vereador proibiu que a equipe da Record acompanhasse o trabalho, mesmo na presença do fiscal do Ministério.
Segundo a repórter Carla Squizatto, que estava acompanhada pelo cinegrafista Antônio Carvalho, o presidente da Câmara mandou que os profissionais, que já estavam dentro da propriedade, parassem de gravar e não fossem até a área em que existiam as irregularidades. "Já que ele nos proibiu de ir até o local, decidimos gravar de longe. Foi aí que ele voltou, ameaçou dar um soco no cinegrafista e, à força, retirou a câmara de nossas mãos", disse a repórter, ao Portal IMPRENSA.
Para reaver o equipamento, a equipe teve de chamar a Polícia Militar. A câmera foi devolvida depois de uma hora, mas sem a fita de gravação. O equipamento havia registrado 18 minutos, inclusive as ameaças do vereador.
A fita só foi devolvida no final da tarde, enquanto a polícia realizava buscas no sitio. No entanto, ela estava danificada: Oliani havia retirado o filme. "Ele nos devolveu a fita sem o filme e envolta em bombril. Também não entendemos sua atitude", disse.
O delegado local irá instaurar inquérito para apurar o furto da fita, a ameaça de agressão e o exercício arbitrário das funções. Segundo o chefe de jornalismo da regional da TV Record, Gustavo Marques, o fato foi "lamentável". "Nós respeitamos os limites. Quando Oliani pediu para não gravar, a equipe acatou. O cinegrafista só religou a câmera na hora das ameaças, como forma também de se proteger. É lamentável que isso tenha acontecido. Não precisava ter chegado a esse ponto", disse.
Em sua defesa, o vereador negou que tenha ameaçado o fotógrafo e que tenha danificado a fita. "Eu não sei mexer [no equipamento]. Não peguei nada. Devolvi do jeito que peguei. Vou fazer um BO por invasão de propriedade", disse Oliani ao jornal Diário da Região.
A propriedade rural de José Adriano Olioni foi multada em R$ 2 mil por apresentar irregularidades, entre as quais cinco funcionários sem registro em carteira. Sobre esta acusação, o vereador argumentou que a propriedade era pequena e estava aberta somente há um mês, por isso, não havia dado tempo de registrar os funcionários.
A família será notificada a fazer melhorias nas dependências do sítio, no prazo de 30 dias. Será necessário mudar o local em que os botijões de gás se encontram, construir novos banheiros, corrigir a parte elétrica e adquirir equipamentos para melhorar a segurança dos profissionais. Os fiscais do trabalho vão retornar ao sítio para constatar se as mudanças foram realmente providenciadas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, Guto Camargo, a entidade irá enviar uma moção de repúdio à Câmara Municipal. "Reitero a posição do Sindicato dos Jornalistas de Ribeirão Preto: um cidadão investido de cargo público, como é o caso de Oliani, não pode obstruir o trabalho da imprensa. Consideramos que este foi um crime contra a liberdade de imprensa. Isso sem entrar no mérito da questão trabalhista, porque, se ficarem provadas as irregularidades, ele terá de responder criminalmente", disse.
A regional da TV Record informou vai deixar a investigação a cargo da polícia.

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Imagem: Portal Imprensa / Fonte: Portal Imprensa

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